NeuroCARE: Uma plataforma completa para gestão dos riscos psicossociais nas empresas.

Em 2024, o número de afastamentos do trabalho por transtornos mentais no Brasil atingiu 472.328 casos, representando um aumento de 68% em relação aos 283.471 registros de 2023. Esse crescimento expressivo reflete uma tendência preocupante no cenário da saúde mental dos trabalhadores brasileiros, destacando a necessidade urgente de medidas preventivas e de suporte no ambiente corporativo.
Neste cenário, a saúde mental no ambiente de trabalho deixou de ser um tema secundário para se tornar uma prioridade estratégica. O avanço das exigências regulatórias — especialmente a NR-1, que obriga todas as empresas a implementarem um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) — trouxe à tona a necessidade de mapear, avaliar e mitigar os riscos psicossociais, como o burnout e o adoecimento por estresse crônico.
A NR-1 e a Emergência da Saúde Mental no Trabalho:
A NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1), que estabelece as diretrizes do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), introduz uma obrigação legal de que as empresas mapeiem e controlem riscos psicossociais, como o burnout. Este aspecto da NR-1 reflete uma necessidade urgente de repensar as formas de trabalhar e cuidar dos colaboradores.
Impactos do Estresse Ocupacional e Burnout no Ambiente Corporativo:
A falta de gestão eficiente do burnout e outros riscos psicossociais pode gerar um ciclo vicioso que afeta profundamente o desempenho da organização. Entre os efeitos mais significativos estão:
Afastamentos e Licenças Médicas:
O burnout é uma das principais causas de afastamento no trabalho, sendo responsável por elevados custos relacionados a licenças médicas prolongadas e à diminuição da força de trabalho. Colaboradores que não recebem o apoio necessário podem levar meses ou até anos para se recuperar, se recuperarem parcialmente ou, em casos mais graves, deixarem o mercado de trabalho.
Queda de Produtividade:
Funcionários com níveis elevados de estresse ocupacional tendem a ser menos produtivos, cometer mais erros, ter uma qualidade de trabalho inferior e enfrentar dificuldades em manter o foco nas tarefas, o que, além de tudo, reflete diretamente nos resultados financeiros e na eficiência da organização.
Alta Rotatividade:
A pressão psicológica sem o devido suporte pode levar à rotatividade de colaboradores. A substituição recorrente de funcionários resulta em custos elevados de recrutamento e treinamento, além de afetar a moral e a estabilidade dentro da equipe.
Deterioração do Clima Organizacional:
Um ambiente onde os colaboradores se sentem sobrecarregados e sem suporte adequado resulta em um clima organizacional tóxico, afetando a colaboração e o engajamento das equipes. Ao mesmo tempo influencia na retenção de talentos, que procuram ambientes mais saudáveis e equilibrados.
Reputação Corporativa:
Empresas que negligenciam a saúde mental dos seus colaboradores estão mais expostas a efeitos negativos em sua imagem pública, além de riscos legais relacionados à não conformidade com regulamentações como a NR-1. Por outro lado, as empresas que priorizam o bem-estar mental constroem uma imagem positiva, o que as torna mais atraentes para os profissionais talentosos.
NeuroCARE: uma plataforma completa para mapeamento e gestão dos riscos psicossociais:
Diante desse cenário, a Neuroni lançou em janeiro de 2025 o NeuroCARE, uma plataforma especializada para apoiar empresas na implementação técnica e contínua da NR-1, com foco direto no mapeamento, acompanhamento e gestão dos riscos psicossociais, incluindo o burnout.
Principais Funcionalidades do NeuroCARE:
Avaliação por colaborador, área e empresa: Cada colaborador realiza uma avaliação individual estruturada, que identifica o nível de exposição a oito dimensões de risco psicossocial no contexto de trabalho. A metodologia utiliza instrumentos validados e baseados em evidências, alinhados às diretrizes técnicas adotadas nas normas de saúde e segurança ocupacional.
Análise detalhada por fator de risco: Os dados são processados e estruturados com base nas oito dimensões de risco avaliadas e seus respectivos fatores, como Exigências Laborais, Relações Sociais e Liderança, Interface Trabalho-Indivíduo e Síndrome de Burnout, o que permite à empresa uma leitura técnica, segmentada e comparável do grau de exposição psicossocial presente em diferentes contextos da organização.
Relatórios analíticos e gráficos gerenciais: A plataforma consolida os dados em relatórios analíticos que apresentam o nível de risco psicossocial por colaborador, área e empresa. Os resultados permitem avaliar a severidade por dimensão mapeada, identificar padrões críticos, acompanhar a evolução dos indicadores ao longo do tempo e analisar com precisão quais fatores estão contribuindo para a intensificação dos riscos — incluindo, entre eles, o burnout.
Classificação de risco e priorização: Com base nos resultados consolidados, o sistema destaca os riscos psicossociais mais relevantes, identifica as áreas com maior concentração de exposição e sinaliza os pontos críticos que exigem intervenção prioritária. Essa leitura direciona a alocação de recursos e o planejamento de ações corretivas e preventivas com foco técnico e estratégico.
Monitoramento contínuo (check-ins): Após a avaliação inicial, o NeuroCARE realiza check-ins periódicos com os colaboradores, permitindo o acompanhamento contínuo dos riscos psicossociais ao longo do tempo. Esse monitoramento sustenta a detecção precoce de alterações no nível de exposição e possibilita avaliar a efetividade das medidas adotadas, promovendo ajustes quando necessário.
Monitoramento Individual de Risco Psicossocial: O NeuroCARE oferece uma visualização aprofundada dos níveis de exposição psicossocial, permitindo identificar com precisão colaboradores em situação crítica. A partir desses dados, o RH e os profissionais de saúde e segurança no trabalho podem direcionar acompanhamentos específicos, aplicar medidas corretivas com base no perfil de risco e acompanhar a evolução de tais medidas.
Relatórios Gerenciais e Analíticos para o PGR (NR-1): Todos os dados, relatórios e acompanhamentos podem ser integrados ao Programa de Gerenciamento de Riscos, facilitando auditorias, fiscalizações e responsabilização técnica.
Conclusão:
O aumento expressivo dos afastamentos por transtornos mentais evidencia um ponto crítico e incontornável na gestão corporativa: os riscos psicossociais impactam diretamente a performance, a permanência dos talentos e a sustentabilidade do ambiente de trabalho. O NeuroCARE responde a essa demanda, ao oferecer uma plataforma sólida de avaliação, monitoramento e análise. Com o NeuroCARE, a gestão dos riscos psicossociais deixa de ser reativa e passa a ser conduzida com método, profundidade e visão estratégica, alinhada às demandas reais do ambiente corporativo contemporâneo.